quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Forja

Meir Schneider comentou em um de seus textos sobre a dificuldade de se moldar a mente de uma pessoa que já está condicionada. Se uma pessoa já é difícil, imagina só a mente da sociedade?

Cá em minha imaginação vejo a modelagem da mente como uma forja. Uma forja [até onde eu entendo] é feita com fogo, água e umas batidinhas de vez em quando. O fogo condensa, a água cristaliza e as batidas dão a forma.

Toda essa lenga lenga é pra dizer que não tenho críticas a cegos que explodem em manifestações, nem tão pouco a cegos que dão seu jeitinho para levar a vida mansamente.

A sociedade não está preparada para lidar com pessoas com deficiência, e [vamos combinar] nem toda pessoa com deficiência tem know how o bastante para apontar as mudanças necessárias em seu próprio ambiente. A sociedade precisa sim do fogo daqueles que gritam e precisa sim da água daqueles que acordam. E se a forja não der certo, precisa parar e pensar naquilo que está em excesso.

Ah, as batidas? Vem da vida mesmo.