quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Limpando o armário

Não é bem o armário, verdade é que é a caixa de backup de e-mails. Coisa estranha a princípio, porque é geralmente
lá que as coisas esquicidas ficam.
Verdade é que elas não foram bem bem bem esquecidas, fica um eco na cabeça, daqueles bem desaforados, lembrando
vez ou outra que existem, como fazer-de-conta não é lá meu forte [os ateus que não me escutem], então resolvi encarar o
Bicho Papão de frente. E não foram só monstrinhos que saíram de lá, também cobras, lagartos, palhaços [urgh!]. Tem
aqueles e-mails que não assustam, entristecem só, os dois tipos, porém, fizeram com que eu me deparasse com o mesmo algo
novo: o deleite da tecla DELETE.
Também tem coisas muito gostosas, como declarações de amor [minhas pra ele, dele pra mim], rabiscos de planos
executados, conversas com novos amigos, conversas com velhos amigos, serviços que caíram na minha mão, serviços que eu
joguei na mão dos outros. Conquistas grandes, conquistas pequenas. Projetos com começo,meio e fim; projetos que não faço
idéia de quando vão terminar; projetos que morreram antes de saírem dos bits dos e-mails. Muitas receitas culinárias,
livros, cursos, músicas; registros de encontros para ir à restaurantes, teatros, cinema, ou mesmo lá em casa para um
jantarzinho sábado a noite.
E, mesmo daquilo que me lembro sentindo um calorzinho gostoso no coração, eu me desfiz... e até isso proporcionou
algum prazer, um frescor, uma leveza, deve ser a sensação da renovação.
Daquilo que gostei e não desapeguei, só mudei de lugar... engraçadinho, coisa boba, tirei de um armário para
colocar em outro.

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