sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quando Não se tem mais saco

"Samba, coração... samba que é melhor que chorar"

Zeca, você foi meu primeiro amor
Você foi o monte belo da minha inocência
Mas agora, Zeca, acabou
Perdi toda minha a paciência

Eu bem que tentei resistir a dor dos anos
Mas o coração não sabe como se conta o tempo
Eu relevei todos teus desaforos
Mas a alma reinventa o esquecimento

Eu não paro mais o trânzito e não lamento
Eu levo este corpo de senhora acabada
Porque, um dia, eu levei teus rebentos
Hoje, Zeca, eu me contento em ser amada

Mas, ao invés de amor, Zeca, você só me dá amargura
Eu acabei de casar nosso último filho
Já chega, você não me segura
O meu resto de vida vai ter algum brilho

Dexei o dia combinado com a lavadeira
O telefone do médico tá na receita
Liga pra ele, no caso de dúvida
Adeus, Zeca, se cuida

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