domingo, 23 de outubro de 2011

Violinistas no telhado

Fui convertida um pouco mais nessa última sexta-feira.
Podia-se ouvir a música logo a porta da capela, falando sobre gratidão, salvação, e o amor de Deus. Quando nós nos aproximamos do Elias eu o abracei e disse que lamentava e que gostaria de dizer algo a ele, ele me respondeu "Deus deu um milagre a ela, ela estava sofrendo, acontece com todo mundo, vai acontecer com a gente também". Meu Deus, o viúvo me consolou!
Nós nos afastamos um pouco para que as outras pessoas pudessem se aproximar, a cantoria continuava, quando eles paravam de cantar eu também parava de chorar, mas quando eles começavam eu inevitavelmente chorava de novo e pensava comigo "que gente é essa que louva a Deus num velório?"
O sentimento geral era de tristeza, mas eu também fiquei constrangida, lembro do filme Fiddler on the Roof, da primeira cena quando Teve diz que a Tradição mantém o povo em equilíbrio, assim como o violinista toca bem e ao mesmo tempo se equilibra no telhado. Eu assisti ao marido e aos amigos que sofrem com a morte da Dulce equilibrar-se quando a tristeza enfraqueceu as suas pernas e ao mesmo tempo arranharam a realidade da morte arrancando alguma beleza através da fé.

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